
Pré-Diabetes: Como Melhorar Sua Saúde e Evitar a Evolução para o Diabetes Tipo 2
No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diabetes tipo 2, quase cinco milhões ainda não foram diagnosticadas. Além disso, estima-se que outros 40 milhões de brasileiros têm pré-diabetes, uma condição em que já existem alterações na saúde, mas que ainda podem ser revertidas. O Dia Mundial do Diabetes é uma oportunidade crucial para destacar a importância do diagnóstico precoce e da prevenção dessa doença.
A Dra. Maria Augusta Bernardini, diretora da área médica de uma importante empresa farmacêutica, enfatiza que, apesar de o pré-diabetes já causar danos, como a perda de até 30% da função do pâncreas, é possível reverter esse quadro com um diagnóstico e tratamento adequados. O tratamento geralmente envolve mudanças no estilo de vida. “Precisamos motivar as pessoas a agir em busca de um futuro mais saudável. A consulta médica e a realização de exames regulares, como a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada, são fundamentais”, ressalta a especialista.
Quem Deve Ficar Atento ao Pré-Diabetes?
Os fatores de risco associados ao pré-diabetes e diabetes tipo 2 são bem definidos. Os principais incluem:
- Sobrepeso e Obesidade: Estes são fatores predominantes em pacientes com diabetes.
- Histórico Familiar: Ter parentes de primeiro grau com diabetes aumenta significativamente o risco de desenvolvimento da condição.
- Sedentarismo: A falta de atividade física regular está diretamente relacionada ao aumento do risco de diabetes.
- Hipertensão e Doenças Cardíacas: Essas condições agravam as chances de desenvolver diabetes.
- Mulheres com Histórico de Diabetes Gestacional ou Síndrome dos Ovários Policísticos: Este grupo apresenta maior vulnerabilidade à condição.
Como Reverter o Pré-Diabetes?
A reversão do pré-diabetes requer disciplina e mudanças significativas nos hábitos de vida. Em cerca de 80% dos casos, o tratamento pode incluir medicamentos, mas o foco principal deve estar em uma alimentação balanceada, prática regular de atividade física, controle do peso e acompanhamento médico. “É possível impedir que o pré-diabetes evolua para diabetes tipo 2 com essas medidas”, afirma a Dra. Bernardini.
O Brasil ocupa o sexto lugar entre os países com maior número de casos de diabetes no mundo. O pré-diabetes e o diabetes frequentemente não apresentam sinais ou sintomas, o que reforça a importância de realizar exames regulares. Infelizmente, cerca de 70% dos pacientes no Brasil só descobrem a condição quando já enfrentam complicações, algo que poderia ser evitado com diagnósticos precoces por meio de exames periódicos.
A consulta médica é indispensável para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, considerando a individualidade de cada paciente. É essencial seguir as orientações médicas e não alterar ou interromper a medicação sem a supervisão de um profissional de saúde. Cuidar da saúde é o primeiro passo para uma vida longa e plena.
A Importância da Atividade Física para Quem Tem Diabetes
A atividade física desempenha um papel fundamental tanto na prevenção quanto no controle do diabetes. O profissional de educação física Aurélio Alfieri destaca que o exercício regular pode salvar vidas. “Qualquer atividade que faça a pessoa se sentir levemente ofegante é benéfica”, afirma. Não é necessário frequentar uma academia ou realizar exercícios pesados; o mais importante é manter a constância e encontrar modalidades que sejam agradáveis e sustentáveis no dia a dia.
Atividades simples, como subir escadas, caminhar durante o trabalho ou realizar tarefas domésticas, podem fazer uma grande diferença na saúde. Alfieri alerta que, para pacientes diagnosticados com diabetes, é importante ter atenção redobrada com atividades de alto impacto, como corridas. O acompanhamento profissional é fundamental, assim como o cuidado com os pés, pois rachaduras e feridas podem levar a complicações sérias devido à dificuldade de cicatrização comum em diabéticos.
Exercícios de baixa a média intensidade, como caminhadas, pedaladas ou natação, são excelentes opções. Cada pessoa deve considerar suas características individuais, como peso, idade e condicionamento físico, ao escolher suas atividades. A Organização Mundial da Saúde recomenda que adultos façam entre 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.
Observação Importante: As informações aqui apresentadas não substituem a avaliação ou o acompanhamento profissional. Sempre consulte um médico ou especialista em saúde para orientações personalizadas.

