
Experiência Pessoal com a Osteoporose
Descobri que tinha osteoporose após sofrer fraturas nos cotovelos devido a uma queda. Estava caminhando em um caminho pavimentado no parque com meus filhos adultos quando, de repente, tropecei. Meu corpo se inclinou para frente, e, em um momento de instinto, coloquei as mãos para suportar a queda, pensando que tinha treinado minha mente para evitar essa reação. Levantei-me rapidamente, envergonhada, tentando garantir a todos que estava bem. No entanto, logo percebi que algo estava errado, pois sentia dor intensa nos braços, pulsos e mãos.
Reconhecendo o Problema
Após voltar para casa, notei que meus cotovelos estavam roxos, inchados e doíam consideravelmente, especialmente um deles. Embora eu suspeitasse de uma fratura, achava incomum que uma queda tão simples pudesse causar tal dano. Como pianista profissional, minha carreira depende do uso eficiente de meus braços e mãos, e não tive outra opção senão procurar um profissional de saúde para uma avaliação.
Um exame de raio-X confirmou minhas suspeitas: um dos ossos em meu cotovelo estava fraturado. Após a realização de um segundo exame, descobri que o outro cotovelo também apresentava uma fratura. Nunca havia enfrentado uma situação assim, e a ideia de ter dois ossos fraturados de repente me deixou alarmada. Com isso, comecei a investigar possíveis causas da minha fragilidade óssea e encontrei informações sobre a osteoporose, uma condição que enfraquece os ossos.
O Diagnóstico
Conversei com meu médico sobre a realização de um exame de densidade óssea, mesmo com apenas 58 anos. Muitas seguradoras não cobrem esses exames até que se complete 60 anos, mas devido à minha fratura, meu médico concordou que era necessário realizar o teste, e o seguro cobriu os custos. Antes da queda, eu tinha dois fatores de risco para a osteoporose: era uma mulher de meia-idade com um corpo pequeno. No entanto, não apresentava outros fatores de risco, como histórico familiar da doença, não fumava, tomava um multivitamínico diariamente e me exercitava regularmente.
Resultados e Adaptações
Após o exame de densidade óssea, o diagnóstico de osteoporose foi confirmado. Senti-me vulnerável e frágil, passando a ter medo de caminhar. Sempre fui ativa, correndo e fazendo trilhas, mas após o incidente, comecei a evitar essas atividades por medo de novas quedas e fraturas. Iniciei um tratamento medicamentoso para reduzir a perda óssea e mudei minha rotina de exercícios. Em vez de caminhar, passei a nadar, uma prática que trouxe muitos benefícios, como aumento de força, confiança e massa muscular nos braços. Embora sempre tivesse praticado yoga, passei a focar mais em exercícios que promovem equilíbrio e força.
Recuperação e Novos Desafios
Após um período de recuperação, meus cotovelos cicatrizaram, e fiquei aliviada por não ter fraturado os pulsos. Retornei a tocar piano, embora tenha enfrentado desafios. Fiquei um domingo sem tocar, e quando voltei, não consegui tocar tão bem quanto gostaria. Tive que adiar um projeto de gravação e um concerto, mas a gratidão por poder ainda tocar foi imensa. Além disso, comecei a aprender a tocar guitarra para um programa de terapia musical, algo que havia me certificado antes da queda.
Progresso e Aprendizado
Três anos após a queda, meu médico solicitou um novo exame de densidade óssea e fiquei surpresa ao saber que o tratamento havia revertido minha perda óssea. Embora ainda tenha o risco de desenvolver osteoporose novamente, agora meu diagnóstico é osteopenia, que significa que minha densidade óssea é inferior à normal, mas não o suficiente para ser considerada osteoporose. Muitas pessoas descobrem que têm osteopenia antes que a condição se desenvolva para osteoporose, semelhante ao estágio de pré-diabetes antes da diabetes.
Conscientização e Cuidados com a Saúde Óssea
Compartilho minha história para conscientizar as mulheres sobre a importância de cuidar da saúde óssea. É fundamental entender que a saúde dos ossos pode mudar e que é possível melhorar a densidade óssea por meio de tratamento e mudanças no estilo de vida. Estou comprometida em continuar cuidando da minha saúde óssea, utilizando medicamentos, suplementos de vitamina D e cálcio, e realizando exercícios que fortaleçam os ossos.
Agradeço por poder continuar a tocar música e desfrutar das atividades que amo, como trilhas, que havia evitado após a queda. Recentemente, visitei meu filho no Colorado, e meu marido e eu fizemos uma trilha nas montanhas. Usei bastões de caminhada para maior estabilidade, mas não deixei que o medo de cair me impedisse. A cada passo, o som dos bastões tocando o chão era como música para meus ouvidos.
Observação Importante: As informações aqui apresentadas não substituem a avaliação ou o acompanhamento profissional. Sempre consulte um médico ou especialista em saúde para orientações personalizadas.