Alimentação rica em sal, traz inúmeras complicações ao organismo, podendo levar a doenças cardiovasculares, aumento da pressão arterial, acidente vascular cerebral e derrame, entre outras. O sódio, presente no “sal de cozinha”, é encontrado também em alimentos enlatados, embutidos, conservas, congelados, e em vários outros tipos e categorias de alimentos. É importante salientar que a alimentação das pessoas tem se baseado, em maior escala, por produtos industrializado e isto ocorre devido as facilidades no preparo, dentre outros.
Vejamos então, algumas das principais doenças causadas por uma alimentação rica em sal.
Hipertensão arterial.
Praticamente uma quarta parte dos brasileiros sofre de hipertensão. O sódio potencializa a capacidade do sangue em “puxar” líquido dos tecidos, e numa tentativa de equilibrar e normalizar a falta de água nas células aumenta a “pressão arterial” na tentativa de buscar água para os tecidos. Muitas vezes, uma alimentação com quantidades aceitáveis de sal poderá combater os malefícios, mas se não devidamente tratada, e a tempo, outros órgãos podem ter lesões irreversíveis em decorrência da doença, que é desencadeadora de tantas outras.
Derrame cerebral.
Sendo a hipertensão arterial o principal fator de risco para um derrame cerebral ou AVC (acidente vascular cerebral), é correto dizer que uma alimentação rica em sal também está ligado a esta, contribuindo para o problema. Ele acontece quando há entupimento ou rompimento dos vasos que transportam sangue ao cérebro, causando paralisia na área cerebral que ficou sem a circulação adequada de sangue. Os dois tipos de AVC são o Isquêmico e o hemorrágico, por afetarem o cérebro, podem deixar sequelas importantes.
Infarto.
Mais uma doença cardiovascular, que dentre outros fatores, também está relacionada a alimentação rica em sal, passando mais uma vez pela hipertensão. O infarto é causado quando as paredes arteriais sofrem um tipo de “erosão”, formando sulcos e possibilitando depósitos de gordura.
Cálculos renais.
Comumente conhecida como “pedras nos rins”, dentre as doenças renais que tem o sal como um dos responsáveis, esta é bastante comum. A pouca ingestão de água e uma alimentação rica em sal e carne vermelha, intensificam ou provocam o surgimento das “pedras” nos rins. Com pouca ingestão de líquidos ocorre maior concentração de substâncias que formam o cálculo. Quando na ingestão de sal, os rins trocam o sódio presente nele, por cálcio que vem a causar cerca de 50% das pedras.
Osteoporose.
Pesquisas recentes, na área da medicina preventiva, demonstraram que o sal também afeta o sistema imunológico, tanto quanto a formação e a dissolução óssea. Pessoas hipertensas perdem mais cálcio na urina, com essa deficiência o sal pode estimular muito a perda óssea, pois aumenta a excreção de cálcio pela urina e pelo suor.
Envelhecimento precoce.
Quando a célula fica desidratada pelo excesso de sódio, seu metabolismo fica mais lento, podendo, eventualmente vir a morrer, o que simplesmente, pela morte de células, causa o envelhecimento precoce.
Quantidade recomendada de sal por dia.
A quantidade de sal numa alimentação diária recomendada pela OMS de menos 5g, equivalente a uma colher de chá. Mas pesquisa recente da Universidade de São Paulo (USP) indicou que o brasileiro consome cerca de 13g por dia de sal na alimentação, ou seja, mais que o dobro recomendado. Outra pesquisa, nos Estados Unidos, indica que diminuindo meia colher de chá de sal por dia, 92 mil mortes poderiam ser evitadas por ano naquele país. É preciso ter cuidado, não somente com a ingestão exagerada do sal de cozinha, mas atentar também para temperos prontos e molhos, assim como o sal grosso utilizado no churrasco. Ações simples podem evitar e minimizar as doenças causadas pelo excesso de sal na alimentação e tornar a vida mais equilibrada e saudável.