Tratamento do Lúpus com Medicina Tradicional Chinesa

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Tratamento do Lúpus com a Medicina Tradicional Chinesa

O lúpus é uma doença inflamatória crônica que afeta aproximadamente 15 mil pessoas em Portugal. Trata-se de uma condição autoimune da família dos reumatismos, caracterizada pelo ataque do sistema imunológico a tecidos e órgãos saudáveis do corpo, resultando em uma série de complicações.

Esta doença pode ser dividida em três categorias principais:

  • Lúpus discoide: Manifesta-se através de lesões cutâneas avermelhadas, frequentemente visíveis no rosto, nuca ou couro cabeludo, com um padrão em forma de borboleta.
  • Lúpus eritematoso sistêmico: A forma mais grave, que pode afetar múltiplos órgãos do corpo, incluindo pulmões, coração e rins, causando dor e lesões significativas.
  • Lúpus induzido: Uma forma temporária da doença, desencadeada por medicamentos ou substâncias que provocam uma inflamação semelhante.

Os sintomas mais comuns incluem fadiga, dor nas articulações, rigidez muscular e inchaço, que prejudicam a qualidade de vida e a autonomia do paciente. Além disso, a presença de feridas e manchas avermelhadas na pele, acompanhadas de coceira, afeta a autoestima do indivíduo.

No tratamento convencional, são utilizados anti-inflamatórios, protetores solares e corticosteroides, que podem ser administrados topicamente em casos leves ou sistêmicos em casos mais graves. Em situações críticas, pode-se recorrer a imunossupressores, que têm como objetivo reduzir a resposta imune do corpo e impedir a progressão da doença.

Visão da Medicina Tradicional Chinesa

Na perspectiva da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o lúpus é classificado como uma doença do síndrome Wei, caracterizada pela insuficiência ou ausência da energia defensiva (wei qi). Essa condição é frequentemente resultante de ataques externos, como vento-frio, vento-calor e vento-humidade. Os sintomas clínicos podem variar consideravelmente entre os indivíduos, manifestando-se através de prurido, coceira, manchas na pele e dores generalizadas, que podem incapacitar o paciente. Em casos mais severos, pode haver comprometimento dos órgãos internos, levando a problemas cardíacos, hipertensão, nefrites e até falência de órgãos.

Um diagnóstico preciso durante a primeira consulta é crucial para elaborar a melhor estratégia terapêutica para cada paciente. O tratamento na MTC visa “equilibrar o desequilíbrio”, reforçando as defesas do corpo e a energia defensiva (Wei Qi), o que pode resultar em uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes que buscam essa abordagem quando a medicina convencional não é mais capaz de aliviar os sintomas.

As técnicas utilizadas na Medicina Tradicional Chinesa incluem:

  • Acupuntura: Uma prática que ajuda a aliviar dores e a melhorar a mobilidade osteoarticular.
  • Massagem terapêutica Tuina: Uma abordagem que visa tratar dores e melhorar a circulação.
  • Plantas medicinais: Utilizadas para fortalecer o sistema imunológico e combater os efeitos adversos da doença.
  • Alterações na dieta: Redução do consumo de alimentos inflamatórios, que podem agravar os sintomas.
  • Regulação emocional: O tratamento também se concentra em equilibrar as emoções, visto que a mente e o corpo estão interconectados. Emoções como irritabilidade, tristeza, medo e baixa autoestima, comuns entre os pacientes com lúpus, podem agravar a condição e a debilidade interna dos órgãos.

Pontos de acupuntura específicos serão utilizados para acalmar a mente e regular as emoções, contribuindo para um estado de bem-estar geral.

Diferenciação entre as Abordagens

É importante destacar que a principal diferença entre as terapias convencionais e as da Medicina Tradicional Chinesa reside na abordagem em relação à imunidade. Enquanto a medicina ocidental recorre a medicamentos como cortisona e imunossupressores que podem diminuir a resposta imune, a MTC não faz essa distinção entre defesas “boas” e “más”. O foco está em fortalecer o organismo como um todo, criando um ambiente propício para que o corpo se defenda adequadamente.

Ambas as abordagens possuem suas particularidades e podem ser complementares. A integração dessas estratégias pode se revelar altamente benéfica, contribuindo para uma significativa melhora na qualidade de vida dos pacientes com lúpus.


Observação Importante: As informações aqui apresentadas não substituem a avaliação ou o acompanhamento profissional. Sempre consulte um médico ou especialista em saúde para orientações personalizadas.

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